segunda-feira, dezembro 04, 2006

Máscaras e Fantasias

Quando crianças habitamos um mundo de fantasia, onde a imaginação tem proporção ilimitada e novas descobertas acontecem continuamente.Pobre daquele que acha que este mundo se restringe somente à infância. Se a infância se caracteriza por fantasiarmos que somos e podemos ser quem jamais seremos, onde pensamos possuirmos coisas as quais nunca teremos, a ela jamais acaba.Não se faz necessário uma observação muito aguçada para se observar o mundo fantasioso onde ela vive.
É comum uma tentativa constante e intensa de encarnação dos seus ídolos por meio de máscaras, capas, atos ou usos de frases. E não há limite para uma tentativa de uma completa personificação.
Na vida adulta ainda se observa exatamente o mesmo tipo de comportamento. Comportamento e este pode ser explicado como a busca de uma identidade própria. A ausência completa de uma identidade causa esta tentativa de apropriação da personalidade de outra pessoa. Mas a única apropriação existente é a de uma caricatura ou do rascunho do original. A cópia de um penteado, do modo de se vestir é um padrão extremamente fácil de ser observado.A falta de uma identidade causa sérias consequências ao ser, pois o mesmo só consegue se apropriar da aparência alheia, mas nunca passará desta superficialidade.
É fato notório que todos temos ídolos. Mas é errado copiá-los. Com relação a nossos ídolos, devemos nos restringir a homenageá-los, a buscarmos inspiracão em suas obras ou atos. E porque não tentar superá-los ? "Mal corresponde ao mestre aquele que nunca passa de discípulo." - Nietzsche (Assim Falou Zaratustra).
Um ponto que é importante ressaltar são os motivos que levam o ser a copiar outro.Sempre buscamos a aprovação daquele a quem somos submissos. Na infância somos submissos a nossos pais. Na vida adulta somos submissos à sociedade. Somos incitados de forma clara e irracional a não termos uma personalidade própria, a sermos parte do rebanho.